Knuria

Tira a mão da frente do meu rosto Eu não preciso mais me esconder Já que tudo só vira em desgosto Não há nada para me deter Se pra todo lado que eu olho só vejo o vazio Se em cada esquina que eu ando, só vejo o vazio Se a cada dia que eu sigo só vejo o vazio Talvez devesse então parar de viver assim Um novo horizonte talvez eu deva buscar Buscar em um semblante novo um novo viver E encontrar algo que me ajude a me encontrar As histórias ruins eu vou deixar morrer E quanto mais eu vivo, mais eu sinto que não pertenço aqui Pois quanto mais eu vivo, mais eu sinto que eu morrerei aqui Cada segundo vivo, eu só sinto que preciso agir Pra que eu não morra com essa amargura em mim E é assim, sem destino e sem direção Seguindo nada além do som do meu coração Que eu deixo pra trás tudo o que deveria ser importante E sem olhar pra trás busco o que está adiante De boas intenções o inferno está cheio Então parto pra vida sem ter nenhum receio A cada novo dia, uma nova certeza D

Ainda tá tudo igual Um meio copo de chá sobre a mesa Papéis espalhados ao chão O cheiro do incenso de lavanda Sempre incondicional Um sentimento que controlo sem destreza Sua mão soltando a minha mão O último show da nossa banda Pedaços quebrados, fragmentados Buscando a reconstrução Do nosso passado, algo flagelado Suspenso em conturbação Do chão ao topo em questão de minutos Tantas memórias, tanto tempo juntos Pratos sujos sobre o fogão A porta aberta da geladeira mostrando o vazio O abajur aceso, as contas vencidas E uma pitada de solidão Amanhece o dia, em vão Pois dentro de mim não há luz vários dias a fio Eu sinto falta. Falas tão tremidas. Em um dia super frio de verão Pedaços quebrados, fragmentados Buscando a nossa redenção Mudar o passado, algo flagelado Suspenso em decepção Do topo ao chão em questão de minutos Tanta saudade, tanto tempo juntos